7º Texto Espiritual
de RES
16 de março de 2020
RUBENS ESPÍRITO SANTO
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Urgência - texto como uma simples vara de pescar
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Texto como isca - apenas uma isca não predatória - na espera de armar o dispositivo para uma hora que menos se espera poder dizer
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Dizer não pode ser predatório
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Dizer o texto é só uma isca
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O texto é só uma isca
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O texto nunca é mesmo o texto
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O texto se faz no submundo do dizer, só digo quando estou em estado de isca, isto é, mole de dizer (em dizer me perco) não posso querer agarrar o que quero dizer para ele realmente ser dito. Ele se apresenta mesmo somente em estado de rede.
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O que tenho para dizer me enreda. Enredado digo, em dizer o que está dito já se foi. Em música de alto mar -marinheiro, pescador, rede, isca, mar, onda, vento, areia, casa de pescador, mulher deixada no Porto, encomenda, fiorino, carga, transporte,
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Não existe texto escrito, só existe texto como isca, em estado prenhe de dizer, em estado de parto, o que diz nunca nasceu mesmo. Não existe o dito nascido. O nascido não é permitido dizer. Não posso dizer a língua de Deus, ele não me permite comunicar o nascido: o nascido é Deus e não posso escrevê-lo.